Qualificação profissional

Minha foto
Zootecnista pela Universidade de São Paulo com Especialização em Melhoramento Genético Animal na França. Carreira profissional na Gestão Executiva de empresas nacionais e multinacionais do Setor de Genética Animal - Alta Genetics do Brasil, Sersia Brasil Inseminação Artificial, Yakult S/A Indústria e Comércio, Sete Estrelas Embriões, Fundação Bradesco - PECPLAN e Banco de Crédito Nacional - BCN Agropastoril. Na foto, um dos importantes títulos recebidos ao longo de uma carreira profissional de 27 anos de serviços prestados a pecuária de corte tropical, "Prêmio Nelore de Ouro - Personalidade Empresarial do ano".

terça-feira, 10 de maio de 2011

Melhoramento Genético, ciência e paixão!


Aos criadores que participam de Programas de Avaliação Genetica e praticam o
Melhoramento Animal em seus rebanhos, os conceitos de índice, objetivos e critérios da seleção se confundem, sao muitos as possibilidades e muitos os caminhos. Cada criador tem em mente um índice, ou um conjunto de características dos animais, que ele considera importantes para seu rebanho. Devemos considerar também, que a decisão de incluir, ou não, determinada característica em programa de melhoramento depende da importância econômica, do potencial para ganho genético, dos custos de sua medição e dos interesses individuais de cada segmento da cadeia produtiva.
O processo do melhoramento genético e uma arte milenar. Acompanha a humanidade desde as suas primeiras incursões na domesticação dos animais de interesse econômico na busca de alimentos básicos para seu próprio sustento. A ciência, par e passo com o homem, evoluiu e o conjunto da obra do conhecimento humano, nestes dois milênios em que foi possível sua documentação com uma maior precisão, e impressionante. Mas é pouco provável que todo esse conhecimento adquirido esteja reunido em compêndios, enciclopédias e onde mais tentamos acomodar esse monstruoso acervo.
Sempre existe algo de imponderável, inenarrável e impossível de registro pelos meios convencionais do conhecimento humano e que e, a rigor, transmitido ou percebido de uma forma pessoal e insubstituível.
O êxito dos programas de melhoramento, neste inicio de milênio, continua vinculado ao estabelecimento de objetivos e metas bem definido, e que estes sejam coerentes com a estrutura de mercado vigente e certamente adaptados as condicoes ambientais e sociais.
Desta forma, continua sendo fundamental definir o objetivo final de um programa de melhoramento genético e o que se entende por critérios de seleção.
Com esta nova visão de mercado, o desafio será como ponderar estas variáveis para obter o máximo de retorno econômico, a maior contribuição social e o menor impacto ambiental.
Mesmo que a razão central do melhoramento genético animal seja econômica, há muitos problemas a resolver antes da adoção de critérios econômicos completamente adequados ao desenho dos programas de melhoramento. Com os novos rumos do comercio ao nível nacional e internacional, e o aumento da competitividade na busca de novos mercados, a produção de alimentos, tende a buscar saídas para um crescimento em quantidade e qualidade. Assim, o estudo do melhoramento genético se mostra fundamental para um progresso destas atividades. O melhoramento genético animal, tem como objetivo principal a utilização da variação genética entre os indivíduos, para aumentar qualitativa e quantitativamente a producao dos animais domésticos.
O melhoramento animal, apesar de ter a sua fundamentação teórica desenvolvida há alguns anos, recentemente tem recebido grandes contribuições que são as principais responsáveis tanto pela expansão quanto pelos progressos genéticos que tem sido observados nas mais diferentes espécies de animais domésticos explorados comercialmente, já que o mercado exige que aconteçam melhorias.
Fundamentalmente, a melhoria genética se processa com base na escolha correta
daqueles que participam, ou melhor, daqueles aos quais e dada a possibilidade de
participar, do processo de constituição da geração seguinte. Isso vale para a escolha dos indivíduos que produzirão filhos, ou mesmo, para escolha de raças.
O melhoramento e considerado importante por representar resultados de longo prazo. E fundamental ter consciência de que o momento, apesar de ser propicio para se fazer modificações no setor, sinaliza que qualquer falha pode ser extremamente maléfica em relação a novas tecnologias. E importante ressaltar que os erros na tomada de decisão serão penalizado, ficando o lucro muito reduzido ou mesmo nulo.
Um programa de melhoramento genético, para que haja sucesso, deve estar baseado em metas muito bem definidas, coerentes com o mercado vigente e condimentes com o ambiente. O objetivo de um programa em melhoramento genético e a combinação de características presentes no animal, a qual se procura melhorar. Portanto, essa mudança deve ocorrer para que possa suprir o mercado, atendendo a demanda do mundo capitalista. Só assim haverá retorno para tal investimento.
Depois de definido o objetivo principal do programa de melhoramento, deve-se adotar um critério de seleção - característica a ser medida, a partir de qual será feita a escolha do individuo. Esse critério de seleção pode ser a combinação de varias características, resultando, assim, num índice final de seleção.
Hoje, mais conscientes da necessidade de uma ferramenta de incremento para
otimização nos ganhos e eficiência dos rebanhos brasileiros, os pecuaristas buscam, no melhoramento genético animal, reprodutores capazes de transmitir a seus filhos características de interesse econômico e que sejam refletidas em uma mudança do atual cenário da bovinocultura de corte brasileira, marcada por baixos índices de produtividade, onde predomina também o abate de animais despadronizados, tardios e sem conformação frigorifica.
Assim, como sinais dos esforços que visam a capacitação da pecuária de corte no pais, posicionando-a frente as exigências de qualidade pelo mercado consumidor e ao mundo globalizado, a genética e melhoramento animal, bem como a nutrição, administração rural e outros fatores, vem aos poucos transformando, para melhor, essa nossa triste realidade.
Uma das ferramentas mais modernas que a tecnologia coloca nas mãos dos pecuaristas hoje em dia e a famosa DEP, tão divulgada, mas nem sempre tão bem entendida.
A DEP, sigla de Diferença Esperada na Progenie, nada mais e do que uma estimação de como os futuros descendentes de um determinado reprodutor irá expressar as características. Em outras palavras, a DEP prevê o desempenho das crias de um dado reprodutor, comparada com o desempenho das crias de todos os reprodutores incluídos no programa de avaliação genética, acasalados com vacas semelhantes. Outra maneira de entender o conceito e considerar a DEP como o valor genético, de um animal, transmissível a seus filhos.
Quando selecionamos um animal, nos baseamos em informações para determinadas características, como por exemplo, o peso a desmama, utilizado quando um pecuarista deseja incrementar em suas futuras crias, um peso a desmama superior ao atual. Para tais objetivos é necessária a utilização de uma genética superior para a característica de peso a desmama.
Neste caso, o valor do peso a desmama das crias de um determinado reprodutor serão comparadas com o peso a desmama das crias dos demais reprodutores envolvidos na avaliação, sendo conferido ao lote que apresentar o melhor peso a desmama, o mérito genético de seu progenitor. Essa comparação considera uma serie de efeitos e a genealogia dos animais. A metodologia de estimação permite que sejam comparados os valores genéticos de animais de diferentes pais, fazendas, lotes, etc., desde que algumas precondições sejam obedecidas. Os touros cujas progênies apresentarem o mais elevados pesos a desmama, após a remoção dos efeitos não genéticos, serão considerados como animais melhoradores para a característica peso a desmama ou outra qualquer que estiver sendo estudada.
A metodologia de avaliação e semelhante para os demais indices zootecnicos, como ganho de peso diário, índice de fertilidade, taxa de conversão alimentar etc. O importante e lembrarmos que os melhores animais para determinada característica não
necessariamente serão os melhores para outras, ja que um animal com DEP positiva para ganho de peso diário, por exemplo, pode apresentar uma DEP negativa para uma característica como habilidade materna ou outra(s).
As características são condicionadas por genes, alem dos efeitos de meio ambiente, e esses genes são transmitidos pelos touros e vacas, pais dos bezerros.
Habilidade materna? Como um touro pode ser avaliado por sua habilidade materna, característica expressa pelas fêmeas, neste caso representada pela vaca. Como disse, os animais são avaliados levando em consideração o desempenho de suas progênies, tanto machos como fêmeas. Assim, um touro pode ser avaliado por sua habilidade materna, idade ao primeiro parto, produção de leite, persistência de lactação etc., pois no fundo, estamos avaliando o patrimônio e a qualidade genética dos animais.
No entanto, esses valores serão alterados pelo meio ambiente e podem ser maiores ou menores. De qualquer maneira, a diferença de peso entre os filhos dos touros devera permanecer a mesma, se as vacas forem semelhantes.
E de suma importância que se estabeleçam os chamados critérios de seleção, ou seja, os objetivos que se deseja buscar com o processo de melhoramento genético.
As melhores DEPs não necessariamente implicam nos melhores animais, cabendo aos objetivos do processo de melhoramento genético essa determinação. Esse fato pode ser relatado nas avaliações para peso ao nascimento, onde DEPs muito elevadas tendem a comprometer os partos, já que as crias nascidas de reprodutores com tais DEPs tenderão a ser maiores e mais pesadas.
Interpretando as DEP's e balanceando a escolha dos reprodutores, o pecuarista
certamente melhorara seu rebanho, em velocidade muito maior do que o faria com as metodologias atuais, como a avaliação visual geral dos touros. No entanto, para cada situação em especial, para cada objetivo de melhoramento, o pecuarista deve escolher o reprodutor que melhor se adeque as suas necessidades.
Afinal, o que e avaliação genética e o que significa adquirir material genético (tourinhos, novilhas, embriões ou sêmen) geneticamente avaliado?
Avaliar a qualidade genética de um animal nada mais e do que estimar o seu valor
genético aditivo, isso e, aquela parte dos componentes genéticos cuja transmissão se consegue prever e dessa forma avaliar o impacto na composição genética das gerações futuras.
Infelizmente, e impossível conhecer com precisão o valor genético dos animais. O
problema e muito simples: o desempenho dos animais, também denominado de fenótipo e resultado do patrimônio genético que aquele animal possui, o chamado genótipo, somado aos efeitos de meio ambiente, existindo ainda uma interação entre os efeitos de genótipo e de meio ambiente. Alguns animais podem ser superiores a outros em alguns ambientes, mas podem se tornar inferiores aqueles em ambientes diferentes. Se simbolizarmos o fenótipo com a letra F, o genótipo com a letra G, o meio ambiente com a letra A e a interação entre o genótipo e o ambiente com as letras GA, o desempenho dos nossos animais, seja qual for a característica estudada (peso a desmama, peso a 1 ano, produção de leite, circunferência escrotal, etc.) poderá ser colocado numa equação muito simples F = G + A + GA.
Esta equação nos mostra que, infelizmente, o fenótipo que medimos nos animais não demonstra diretamente sua qualidade ou potencialidade genética. Esse fenótipo, essa produção ou essa medida estarão sempre influenciadas pelo meio ambiente A e pela interação genótipo-ambiente GA, que podem assumir valores positivos ou negativos e que alteram o valor genético dos animais, G.
Como nao se pode conhecer com exatidão o valor genético dos animais, lança-se mão de técnicas de estimação desses valores. Pela analise da equação acima pode-se verificar portanto a necessidade de estimar-se o valor genetico dos animais sem a interferência dos efeitos de meio ambiente e da interação genótipo-ambiente.
O valor genético dos animais depende da herdabilidade do caráter (quanto maior a
herdabilidade maior a concordância entre o genótipo e o fenótipo), do numero de
informações (quanto maior este numero, melhor a estimativa do valor genético), do
parentesco entre o animal avaliado e as fontes de informação (quanto mais próximo o parentesco, maior a ênfase que a informação deve ter) e do grau de semelhança fenotípica entre o animal avaliado e as fontes de informação (uma forma de avaliar os efeitos de ambiente que são comuns a diferentes fontes de informação, os chamados efeitos permanentes de ambiente).
Em bovinos, apenas os "valores fenotípicos" podem ser medidos diretamente, mas e seu "valor genético" que determina sua influencia na geração seguinte.
A maior importância da herdabilidade no estudo genético dos caracteres quantitativos e o seu papel preditivo, expressando a confiabilidade do "valor fenotípico" como preditor do "valor genético".
O coeficiente de Herdabilidade (h2) e a fração da variância fenotípica que é atribuída as diferenças entre os genótipos dos indivíduos de uma população. Em outras palavras, ele expressa a proporção da variância total que e atribuível ao efeito médio dos genes.
Uma vez que o valor da herdabilidade depende da magnitude de todos os componentes de variância, uma mudança em qualquer m dos componentes irá afeta-la.
A repetibilidade expressa a proporção da variância fenotípica total que e devida as
diferenças genéticas e de ambiente permanente, estabelecendo o limite superior para o grau de determinação genética e para a herdabilidade. Aumentando-se o numero de medidas de qualquer característica reduz-se a quantidade de variância devida ao ambiente especial na variância fenotípica. Esta redução representa o ganho em acuracia.
A vantagem do ganho em acuracia, para programas de melhoramento e o aumento da proporção da variância genética aditiva. Quando a repetibilidade e alta, a variância devida ao ambiente especial e pequena e o aumento do numero de medidas implica em pequeno ganho em acuracia. Quando a repetibilidade e baixa, a repeticao das medidas conduz a um ganho significativo em acuracia.
Poderia continuar a descrever o quanto a ciência do melhoramento genético pode contribuir para o aumento da rentabilidade, mas é muito importante notar que o trabalho de seleção e de melhoramento animal, não é um simples jogo de números, ou a simples “marketagem” de avaliações, todo o processo deve ser visto sob um conjunto geral e sempre a luz da ciência.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

OS DESAFIOS DA NOSSA PECUÁRIA


Apesar do destaque do setor de carnes brasileiro ter ficado para a produção de frango, que foi a sensação de 2010 e promete repetir a boa fase neste ano superando a China na produção de aves, a produção de carne bovina atravessou excelente fase, atingindo a marca histórica de R$ 117 por arroba, valorização anual de preço superior a 40%, fortalecimento do mercado interno e recuperação de mercado externo. Todas as perspectivas são positivas para o setor, tanto pela sinalização de preços firmes ao longo do ano identificadas pelas cotações na Bovespa superiores a 100 Reais até o segundo semestre, quanto pelas projeções de crescimento das exportações em 25% ou 2 milhões de toneladas com a retomada das compras pela União Européia após embargo ao sistema de rastreabilidade nacional causado pela incompetência do governo brasileiro e o desenvolvimento dos mercados da Rússia, China e Oriente médio, quanto no crescimento constante do mercado de consumidor interno, onde atualmente cerca de 80% da produção brasileira de carne(8 milhões de toneladas) tem destino a mesa dos brasileiros. E neste ambiente pode-se prever um maior investimento em tecnologia e intensificação dos sistemas de produção, com reflexo no aumento da produção em relação a 2010. Indicadores importantes nos fazem acreditar que estamos iniciando uma fase promissora para a nossa agropecuária, com a manutenção da valorização das commodities, onde comércio de grãos com altas cotações em 2010 deve continuar aquecido em 2011, em função dos baixos estoques mundiais e da tendência de elevação no consumo das famílias. E o Brasil não será somente favorecido pela conjuntura internacional, o país poderá ser o protagonista do aumento da produção de alimentos no mundo, baseado em um levantamento realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta que a produção de alimentos terá de crescer 20% nos próximos dez anos a fim de atender à demanda mundial. Nesse panorama, a União Européia vai contribuir com um aumento de 4%; a Austrália com 7%; os Estados Unidos e o Canadá com 15%; a Rússia e a China com 26%; e o Brasil com 40%. O que vale dizer que teremos de avançar o dobro do crescimento mundial, o que implica numa expectativa muito grande sobre nossa produção, em função da disponibilidade de terras e de nossa competitividade. No médio e longo prazo a atividade de produção de carne no Brasil se projeta em franca expansão, visto que a melhoria no poder de compra da população dos países emergentes não será interrompida, e os concorrentes do Brasil não têm disponibilidade de oferta. Assim, a pecuária na busca da adequação às novas demandas vem constituindo-se, cada vez mais, numa atividade empresarial. E como tal, tem que procurar desenvolver de forma coesa e uniforme toda a cadeia produtiva da carne e, em especial, o sistema de produção. Nesse novo cenário a pecuária tem de garantir o fornecimento contínuo, ao longo do ano, de produtos de boa qualidade, e ser capaz ainda, de se constituir em um setor de alta produtividade e competitivo. No entanto, a consolidação do setor de produção de carne no Brasil carece de estruturação e uma política forte de desenvolvimento, pois apesar do cenário otimista para o ano, faz-se urgente uma reforma do atual modelo da política agrícola do país, pois o produtor brasileiro não pode continuar arcando sozinho com a responsabilidade do abastecimento do país. Este desenvolvimento virá por meio de uma política de renda ao produtor, um plano de investimento em logística de distribuição, uma política de apoio a aplicação de tecnologia, numa política agressiva no comércio exterior, num sistema de defesa sanitária rígido executado com seriedade e responsabilidade e na modernização da legislação com uma revisão ampla do aparato legal sobre o campo, que inclua as discussões sobre o direito de propriedade, questões trabalhistas e ambientais. Outro ponto que merece destaque é o ambiente, pois a despreocupação com os recursos naturais no desenvolvimento dessa atividade possibilitou, e ainda possibilita o desequilíbrio biológico com conseqüências desastrosas para o meio ambiente e para a própria atividade. O manejo inadequado e a mentalidade extrativista que controlavam, e em parte ainda controlam, a atividade produziram como resultado grandes áreas degradadas ou em franco processo de degradação. É urgente que se reverta esse processo tanto para recuperar os milhões de hectares de pastagens degradadas, quanto para possibilitar que centenas de propriedades permaneçam na atividade. As pastagens podem produzir grandes quantidades de matéria seca digestível por área se forem tratadas como culturas e manejadas corretamente. O adiamento da votação do novo Código Florestal para este ano, aumenta o quadro de insegurança jurídica entre os produtores, pois a grande maioria dos produtores continua em situação irregular. O Brasil consegue superar problemas como a precariedade da infra-estrutura e o protecionismo europeu, mas vive esse impasse na questão ambiental, o que revela a superficialidade da abordagem do tema e a ausência de ações governamentais concretas, pois o agronegócio brasileiro é um dos mais sustentáveis do mundo, com os maiores índices de produtividade agrícola, maior integração lavoura-pecuária, maior plantio direto e maior reserva ambiental. E outro ponto importantíssimo a observar diz respeito à valorização do melhoramento genético aplicado ao rebanho de corte de forma intensa em larga escala, como ferramenta de maximização da produção e rentabilidade, pelo impacto direto causado na produção e sua elevada taxa de retorno financeiro, quando comparado a outros investimentos voltados ao aumento de produção. Outro efeito cumulativo importante do melhoramento do rebanho é o desenvolvimento de grupamentos genéticos especializados aos nossos sistemas de produção, capazes de transformar forragem em carne de qualidade de forma eficiente, econômica e de qualidade. O desafio maior de todos nós é o de oferecer padrão de qualidade para sustentar a nova realidade de demanda e características do mercado. Neste sentido, a produção de qualidade passa a ser prioridade máxima da demanda da indústria, e a uniformidade o ponto chave para os ganhos econômicos consistentes para o pecuarista. E a maneira mais rápida e eficiente de se obter a uniformidade é sem dúvida nenhuma a aplicação de um programa de melhoramento genético. Mais um desafio a ser enfrentado por todos os selecionadores de genética especializada em produção de carne, em se manterem cada vez mais conectados com os produtores de base e a indústria de transformação, movimentando assim toda a cadeia de forma sustentável em todos os níveis de produção distribuindo valores em todos os segmentos, gerando riquezas para a população, preservando o meio ambiente, atuando com responsabilidade social, tratando do bem estar animal e fortalecendo o agribusiness de nosso país, mas principalmente valorizando a atividade de produtor rural brasileiro, nosso verdadeiro herói!