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Zootecnista pela Universidade de São Paulo com Especialização em Melhoramento Genético Animal na França. Carreira profissional na Gestão Executiva de empresas nacionais e multinacionais do Setor de Genética Animal - Alta Genetics do Brasil, Sersia Brasil Inseminação Artificial, Yakult S/A Indústria e Comércio, Sete Estrelas Embriões, Fundação Bradesco - PECPLAN e Banco de Crédito Nacional - BCN Agropastoril. Na foto, um dos importantes títulos recebidos ao longo de uma carreira profissional de 27 anos de serviços prestados a pecuária de corte tropical, "Prêmio Nelore de Ouro - Personalidade Empresarial do ano".

sábado, 25 de setembro de 2010

A BUSCA DO BOI PELO HOMEM



O boi nunca se extraviou realmente, então por que procurá-lo? Tendo dado as costas à sua verdadeira natureza, o homem não pode vê-lo. Por causa de sua corrupção, perdeu de vista o boi.

Desolado através das florestas e aterrorizado nas selvas, ele procura um boi que não encontra;
Acima e abaixo, rios escuros, sem nome espraiados;
Em matas espessas ele percorre muitas trilhas;
Cansado até os ossos, com o coração pesado, continua a buscar algo que não pode encontrar;
Ao entardecer, escuta cigarras gorjeando nas árvores.


Através dos ensinamentos, ele distingue os rastros do boi. É, porém, incapaz de distinguir o bem do mal, a verdade da mentira. Não passou realmente pelo portão, mas tenta ver os rastros do boi.

Viu pegadas sem número;
Na floresta e à margem das águas;
Em que distâncias vê ele a relva pisada?
Mesmo as gargantas mais profundas das mais altas montanhas;
Não podem esconder o focinho desse boi que toca diretamente o céu.


Se ele apenas escutar atentamente os sons cotidianos, chegará à compreensão e no mesmo instante verá a verdadeira fonte. Quando a visão interior está corretamente focalizada, chega-se à compreensão de que aquilo que é visto é idêntico à verdadeira fonte.

Um rouxinol gorjeia num ramo;
O som brilha nos salgueiros ondulantes;
Ali está o boi, onde poderia esconder-se?
Essa esplêndida cabeça, esses cornos majestosos;
Que artista poderia retratá-lo?


Ao surgir um pensamento, outro e mais outro nasceram. A iluminação traz a compreensão de que esses pensamentos não sã irreais, já que brotam de nossa verdadeira natureza.

Ele deve segurar com firmeza o cabresto e não permitir ao boi vaguear;
Para que não se extravie por lugares lamacentos;
Devidamente cuidado, torna-se limpo e gentil;
Solto, segue de bom grado a seu dono.


O boi é a natureza primária e ele o reconheceu agora. Uma armadilha não é mas necessária quando se apanhou um coelho, uma rede torna-se inútil quando se pegou um peixe.

Somente no boi poderia chegar à casa;
Mas eis que agora o boi desapareceu;
E o homem se senta, sozinho e tranquilo;
O rubro sol anda alto no céu;
Enquanto ele sonha placidamente;
Ao longe, sob o telhado de palma;
Jazem seu chicote inútil e seu laço inútil.


Todos os sentimentos ilusórios pereceram e as idéias de sanidade também se extinguiram.

O chicote, o laço, o boi e o homem pertencem igualmente ao vazio;
Tão vasto e infinito é o céu azul;
Que não pode atingi-lo;
Conceito de nenhuma espécie;
Sobre um fogo ardente, um floco de neve não pode subsistir;
Quando a mente atinge esse estado;
Chega finalmente a compreensão;
Do espírito dos antigos ancestrais.


Desde o puro princípio não houve tanto quanto um grão de poeira para macular a pureza intrínseca. Ele observa o crescer e o descrever da vida no mundo, enquanto permanece imparcial num estado de imperturbável serenidade.

Ele voltou à origem, retornou à fonte;
Mas foi em vão que tomou suas providências;
É com se estivesse agora cego e surdo;
Sentado em sua cabana, não almeja as coisas que estão fora;
Os riachos serpenteiam por si mesmos;
As flores vermelhas desabrocham naturalmente vermelhas.


O portão de sua casa está fechado e mesmo os mais sábios não podem encontrá-lo. Seu panorama mental desapareceu por fim. Segue seu próprio caminho, não tentando seguir os passos dos antigos sábios.

Com o peito descoberto e descalço, ele entra na praça do mercado;
Enlameado e empoeirado, como sorri mostrando os dentes!
Sem recorrer a místicos poderes;
faz árvores secas florescerem de repente.

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