Qualificação profissional

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Zootecnista pela Universidade de São Paulo com Especialização em Melhoramento Genético Animal na França. Carreira profissional na Gestão Executiva de empresas nacionais e multinacionais do Setor de Genética Animal - Alta Genetics do Brasil, Sersia Brasil Inseminação Artificial, Yakult S/A Indústria e Comércio, Sete Estrelas Embriões, Fundação Bradesco - PECPLAN e Banco de Crédito Nacional - BCN Agropastoril. Na foto, um dos importantes títulos recebidos ao longo de uma carreira profissional de 27 anos de serviços prestados a pecuária de corte tropical, "Prêmio Nelore de Ouro - Personalidade Empresarial do ano".

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ULTRASSONOGRAFIA & SELEÇÃO GENÉTICA



Nos últimos anos, o agronegócio brasileiro vem ocupando um espaço importante para a produção mundial de alimentos, especialmente no que se refere à carne bovina. A pecuária de corte brasileira destaca-se pelo grande volume de carne produzida e desempenha um papel fundamental na pauta de exportações do país, aumentando significativamente a balança comercial. O setor de carnes no Brasil, apesar de ainda não incorporar todas as novas tecnologias de produção e gestão, tem evoluído com aumento da produtividade do rebanho e modernização de muitas empresas rurais. Contudo, este setor ainda não apresenta competitividade em termos da qualidade requerida e remunerada pelos diferentes mercados consumidores mundiais, produzindo apenas carne em quantidade, sem consistência e padronização. Um exemplo de preocupação em atingir o mercado internacional é o sucesso dos programas de carne certificada, os quais vem garantindo uma carne de qualidade. Uma ressalva importante é que o conceito de qualidade da carcaça e da carne é simplesmente uma opinião cultural, ou seja, depende dos hábitos inerentes à cultura de cada país, região ou continente. Por exemplo, para o mercado Japonês e Americano (EUA), uma carne de qualidade apresenta 12% e 8% de gordura intramuscular, respectivamente. Em algumas partes do mercado Europeu, devido à preocupação em ingerir menor quantidade de gordura saturada, uma carne bovina de qualidade, deve apresentar o mínimo de gordura intramuscular possível. A globalização do mercado deve levar a um aumento na homogeneidade em relação ao hábito dos consumidores, aumentando a demanda e direcionando o setor produtivo especialmente para produtos "in natura". Para atender às exigências desse novo cenário econômico, a pecuária brasileira terá que melhorar os seus índices produtivos, assim como, os reprodutivos, além de atender às exigências dos consumidores em relação à segurança alimentar, qualidade do produto, bem-estar animal e respeito ao meio ambiente. Para isso, nos programas de melhoramento genético deverá ser levado em conta, não só a seleção de reprodutores com melhores valores genéticos para características de crescimento e reprodutivas, mas também, para características de carcaça buscando aumento da qualidade do produto final, carne. Existem várias maneiras de mensurar a qualidade da carcaça com o objetivo de melhorar as características organolépticas da carne. A utilização de metodologias que impliquem no abate do animal para avaliar essa qualidade é desvantajosa. Pois, apesar de aumentar a acurácia de seleção, os altos custos do teste de progênie limitam o número de animais a serem testados, diminuindo assim a intensidade e a resposta à seleção. A técnica da ultrassonografia permite a avaliação das características na carcaça por um procedimento não invasivo e sem deixar resíduos nocivos na carne dos animais. A ultrassonografia passou a ser utilizada como técnica para a predição da composição da carcaça de bovinos de corte a partir de 1.950, e é considerada uma tecnologia de baixo custo e de fácil aplicação, quando comparada com à mensuração realizada diretamente na carcaça após o abate. Em alguns países, as avaliações por ultrassom têm um grande impacto econômico, já que os produtores recebem ou são penalizados de acordo com a qualidade e o rendimento dos cortes cárneos de seus animais. Devido às necessidades competitivas, as associações norte americanas desenvolveram programas de melhoramento genético para qualidade de carcaça bovina, utilizando testes de progênie e/ou uso da técnica do ultrassom ("Beef Improvement Federetion" – BIF, 2002).
Visando possíveis mudanças no mercado, e o longo período para que ocorram mudanças genéticas por seleção, estudos que procurem embasar qual a idade mais apropriada para se obter as características de qualidade de carcaça se fazem necessários. Além disso, como as características reprodutivas de fêmeas podem afetar significativamente a produtividade do rebanho, estudos a respeito da relação genética entre características de carcaça e reprodutivas são importantes, pois ainda não se sabe ao certo, se a precocidade sexual de fêmeas está relacionada com deposição de gordura na carcaça, musculosidade e desenvolvimento dos animais. No Brasil, a tecnologia já é plenamente dominada, faltando ainda, no entanto maior aprofundamento para que possamos de fato, predizer aos produtores os resultados esperados, questões importantes ainda precisam ser respondidas a luz da ciência, pesquisa e estatística aplicada, não basta medir é preciso interpretar e predizer com maior segurança, pois os produtores necessitam de ferramentas concretas, estamos no caminho certo.

sábado, 25 de setembro de 2010

A BUSCA DO BOI PELO HOMEM



O boi nunca se extraviou realmente, então por que procurá-lo? Tendo dado as costas à sua verdadeira natureza, o homem não pode vê-lo. Por causa de sua corrupção, perdeu de vista o boi.

Desolado através das florestas e aterrorizado nas selvas, ele procura um boi que não encontra;
Acima e abaixo, rios escuros, sem nome espraiados;
Em matas espessas ele percorre muitas trilhas;
Cansado até os ossos, com o coração pesado, continua a buscar algo que não pode encontrar;
Ao entardecer, escuta cigarras gorjeando nas árvores.


Através dos ensinamentos, ele distingue os rastros do boi. É, porém, incapaz de distinguir o bem do mal, a verdade da mentira. Não passou realmente pelo portão, mas tenta ver os rastros do boi.

Viu pegadas sem número;
Na floresta e à margem das águas;
Em que distâncias vê ele a relva pisada?
Mesmo as gargantas mais profundas das mais altas montanhas;
Não podem esconder o focinho desse boi que toca diretamente o céu.


Se ele apenas escutar atentamente os sons cotidianos, chegará à compreensão e no mesmo instante verá a verdadeira fonte. Quando a visão interior está corretamente focalizada, chega-se à compreensão de que aquilo que é visto é idêntico à verdadeira fonte.

Um rouxinol gorjeia num ramo;
O som brilha nos salgueiros ondulantes;
Ali está o boi, onde poderia esconder-se?
Essa esplêndida cabeça, esses cornos majestosos;
Que artista poderia retratá-lo?


Ao surgir um pensamento, outro e mais outro nasceram. A iluminação traz a compreensão de que esses pensamentos não sã irreais, já que brotam de nossa verdadeira natureza.

Ele deve segurar com firmeza o cabresto e não permitir ao boi vaguear;
Para que não se extravie por lugares lamacentos;
Devidamente cuidado, torna-se limpo e gentil;
Solto, segue de bom grado a seu dono.


O boi é a natureza primária e ele o reconheceu agora. Uma armadilha não é mas necessária quando se apanhou um coelho, uma rede torna-se inútil quando se pegou um peixe.

Somente no boi poderia chegar à casa;
Mas eis que agora o boi desapareceu;
E o homem se senta, sozinho e tranquilo;
O rubro sol anda alto no céu;
Enquanto ele sonha placidamente;
Ao longe, sob o telhado de palma;
Jazem seu chicote inútil e seu laço inútil.


Todos os sentimentos ilusórios pereceram e as idéias de sanidade também se extinguiram.

O chicote, o laço, o boi e o homem pertencem igualmente ao vazio;
Tão vasto e infinito é o céu azul;
Que não pode atingi-lo;
Conceito de nenhuma espécie;
Sobre um fogo ardente, um floco de neve não pode subsistir;
Quando a mente atinge esse estado;
Chega finalmente a compreensão;
Do espírito dos antigos ancestrais.


Desde o puro princípio não houve tanto quanto um grão de poeira para macular a pureza intrínseca. Ele observa o crescer e o descrever da vida no mundo, enquanto permanece imparcial num estado de imperturbável serenidade.

Ele voltou à origem, retornou à fonte;
Mas foi em vão que tomou suas providências;
É com se estivesse agora cego e surdo;
Sentado em sua cabana, não almeja as coisas que estão fora;
Os riachos serpenteiam por si mesmos;
As flores vermelhas desabrocham naturalmente vermelhas.


O portão de sua casa está fechado e mesmo os mais sábios não podem encontrá-lo. Seu panorama mental desapareceu por fim. Segue seu próprio caminho, não tentando seguir os passos dos antigos sábios.

Com o peito descoberto e descalço, ele entra na praça do mercado;
Enlameado e empoeirado, como sorri mostrando os dentes!
Sem recorrer a místicos poderes;
faz árvores secas florescerem de repente.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

NOVOS DESAFIOS DA CADEIA PRODUTIVA



A abertura de mercado trouxe consigo a necessidade de estruturação dos mais diversos setores da economia. Assim, a pecuária na busca da adequação às novas demandas tem se transformado constituindo-se, cada vez mais, numa atividade empresarial. E como tal, tem que procurar desenvolver de forma coesa e uniforme toda a cadeia produtiva da carne e, em especial, o sistema de produção. Nesse novo cenário a pecuária tem de garantir o fornecimento contínuo, ao longo do ano, de produtos de boa qualidade, e ser capaz ainda, de se constituir em um setor de alta produtividade e competitivo.
A despreocupação com os recursos naturais no desenvolvimento dessa atividade possibilitou, e ainda possibilita o desequilíbrio biológico com conseqüências desastrosas para o meio ambiente e para a própria atividade. O manejo inadequado e a mentalidade extrativista que controlavam, e em parte ainda controlam, a atividade produziram como resultado grandes áreas degradadas ou em franco processo de degradação. É urgente que se reverta esse processo tanto para recuperar os milhões de hectares de pastagens degradadas, quanto para possibilitar que centenas de propriedades permaneçam na atividade. As pastagens podem produzir grandes quantidades de matéria seca digestível por área se forem tratadas como culturas e manejadas corretamente.
Outro ponto importantíssimo a observar diz respeito ao biótipo animal adequado a esta realidade, incentivando cada vez mais a produção e seleção animal voltada a animais de ciclo fisiológico curto, capazes de transformar forragem em carne de forma eficiente e produtiva. Animais de alta performance em desenvolvimento esquelético, apresentam maiores dificuldades de completar seu desenvolvimento muscular e principalmente sua terminação de carcaça nos machos e maturidade sexual das fêmeas.
Mais um desafio a ser enfrentado por todos os selecionadores de genética especializada em produção de carne, em se manterem cada vez mais conectados com os produtores de base, movimentando assim toda a cadeia de forma sustentável em todos os níveis de produção distribuindo valores em todos os segmentos, gerando riquezas, preservando o meio ambiente, fortalecendo o agribusiness de nosso país e principalmente valorizando a atividade de produtor brasileiro, nosso verdadeiro herói!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

SELEÇÃO GENÉTICA, uma realidade



Fertilização bem-sucedida
Uma nova técnica de exame de embriões foi apresentada recentemente por cientistas britânicos, o que pode pode dobrar as chances de uma fertilização artificial bem sucedida.
Segundo reportagem no New York Time, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, participando de um congresso anual de fertilidade nos Estados Unidos, apresentaram os casos bem-sucedidos de exames embriões para detectar problemas genéticos.
Até o momento mais de 20 bebês já nasceram com a ajuda desta técnica e os pesquisadores britânicos agora esperam disponibilizar o método para mais pessoas. Atualmente, a técnica é oferecida apenas em algumas clínicas particulares da Grã-Bretanha e custa 2 mil libras (o que equivale a cerca de R$ 5,7 mil).
Seleção genética de embriões
Os médicos afirmaram que a técnica, chamada de hibridização genômica comparativa (ou CGH na sigla em inglês), poderá ser mais útil para mulheres mais velhas, cujos embriões tem risco maior de apresentar distúrbios genéticos que levam a condições como Síndrome de Down.
A técnica verifica os cromossomos no embrião em desenvolvimento, permitindo que apenas embriões com melhores chances de sucesso sejam utilizados na fertilização in vitro.
O estudo foi realizado pelo segundo ano seguido mas, desta vez, foram testadas 115 mulheres - número seis vezes maior do que em 2008. De acordo com os pesquisadores, muitas das mulheres que participaram dos testes estavam na "última chance" de fertilização in vitro - tinham por volta de 39 anos e dois tratamentos de fertilização mal sucedidos antes.
Mais um exemplo concreto do avanço da biotecnologia e sua participação cada vez mais real na vida das pessoas comuns. Com certeza nos próximos 10 anos estaremos assistindo uma verdadeira revolução em vários segmentos voltados a seleção genômica.

sábado, 11 de setembro de 2010

ZOOTECNIA & SUSTENTABILIDADE


A zootecnia é a ciencia que visa aproveitar as potencialidades dos animais domésticos e domesticáveis, com a finalidade de explorá-los racionalmente como fonte alimentar e outras finalidades junto aos seres humanos, ciência aplicada que trata da adaptação dos animais com potencialidades de domesticação ao ambiente criatório e, desta forma, aproveitá-los com a finalidade nutricional e econômica. Como ciência deriva diretamente da biologia como uma zoologia aplicada, pois ao conhecimento biológico do animal soma-se os princípios da economia e da produção de alimentos, visando suprir o mercado com produtos adequados a alimentação humana. Pode-se definir zootecnia como produção animal Stricto Sensu e o seu principal objetivo é "produzir o máximo, no menor tempo possível, sempre visando lucro, tendo em conta o bem estar animal". O Zootecnista é o profissional habilitado para atuar na produção animal; as principais áreas de atuação são: Nutrição e Alimentação, Forragens, Genética e Melhoramento, Reprodução, Manejo, Instalações, Higiene, Tecnologia de Produtos e Derivados de Origem Animal e Administração Rural.
A pecuária de corte no Brasil está iniciando um novo ciclo onde a verticalização da produção será obrigatória pela limitação de crescimento das propriedades em face aos desafios ambientais. A responsabilidade social, o bem estar animal e as certificações dos processos de produção fará parte cada vez mais do dia a dia de qualquer pecuarista, e sem dúvida nenhuma, o profissional com maior qualificação para dar suporte sustentável economicamente a esta realidade é o Zootecnista. Consciência, ética e dedicação profissional farão a diferença no futuro. VIVA A ZOOTECNIA!!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O FRASCO DE MAIONESE E O CAFÉ


Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...Tirou a maionese e encheu-o com bolas de golf.
A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim. Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de golf. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim. Então...o professor pegou noutra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o pofessor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim!".
De seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:
'QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA'.
• As bolas de golf são as coisas Importantes:
Como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE. São coisas, que mesmo que se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.
• As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
• A areia é tudo o demais, as pequenas coisas. 'Se puséssemos 1º a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de golf.
O mesmo acontece com a vida'.
Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.
 Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade:

• Brinque ensinando os seus filhos,
• Arranje tempo para ir ao medico,
• Namore e vá com a sua/seu namorado (a)/marido/mulher jantar fora,
• Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos
• Pratique o seu esporte ou hobbie favorito.
• Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa , arrumar o carro...
• Ocupe-se sempre das bolas de golf 1º, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.
• Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...
Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.
O professor sorriu e disse:
"...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo. "

sábado, 14 de agosto de 2010

BIOTECNOLOGIA APLICADA AO MELHORAMENTO GENÉTICO

Gostaria de convidar os amigos para assistir uma pequena mostra do resultado de um dedicado trabalho em favor da difusão da Biotecnologia aplicada ao Melhoramento Genético, da mais importante "máquina de produção de carne" de todo o mundo tropivcal que é o nosso grande NELORE. Não percam...!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Produtor brasileiro, o verdadeiro herói



Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o rebanho brasileiro é composto de aproximadamente 177,73 milhões de bovinos livres da enfermidade, seja com ou sem vacinação, no Brasil. Fazendo do com que o rebanho brasileiro adquira o atual status de ser o maior rebanho do mundo nesta condição.
O rebanho que mais se aproxima da condição do Brasil é o norte-americano, onde o todo o gado é livre de febre aftosa sem vacinação e alcança cerca de 94,5 milhões de cabeças, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Depois dos Estados Unidos, os 27 países membros da União Européia perfazem, juntos, outro grande aglomerado de animais livres de febre aftosa. Nestes países são cerca de 88,4 milhões de bovinos considerados livres da doença.
A Argentina possui cerca de 54,2 milhões de bovinos na mesma condição e o rebanho livre de febre aftosa da Austrália possui 27,3 milhões de cabeças.
A Índia, onde bovinos e bubalinos somam 281,4 milhões de cabeças, não é considerada livre da enfermidade.
Mesmo tendo o maior rebanho livre de febre aftosa do mundo o Brasil não consegue acessar mercados mais exigentes para a carne bovina, pois algumas áreas do nosso território ainda não são consideradas livres da doença.
Portanto como podemos constatar pelos números, ainda não fizemos totalmente a nossa lição de casa, que exige um comportamento sério de nossas autoridades frente aos organismos internacionais, lideranças que realmente representem os interesses dos produtores, maior conscientização de toda a cadeia produtiva sobre os benefícios diretos e indiretos das certificações de processos e finalmente uma política de governo voltada ao desenvolvimento de um dos mais importantes segmentos de nossa economia.
A verdadeira âncora do sucesso da política econômica do atual governo foi a movimentação positiva do PIB do Setor de "Agribusiness", tanto no aumento do volume produzido quanto na evolução da produtividade por anos consecutivos. E foi exatamente este extraordinário desempenho do Setor, a base central do controle de inflação e da melhoria da balança comercial, que vem dando sustentação ao bom desempenho econômico do país nos últimos anos. Mas apesar desta realidade incontestável, o que estamos assistindo neste governo é a politização sem conteúdo de um debate sem sentido entre agricultura familiar e agronegócio, um verdadeiro desmonte do Ministério de Agricultura quando se trata de pensar estrategicamente o papel do país na produção global de alimentos no futuro, o completo desrespeito em relação às necessidades do produtor, o fomento irresponsável via financiamentos com recursos públicos resultando na concentração exagerada do poder de compra em poucas industrias, e não menos importante cabe destacar a conivência criminosa com movimentos políticos que pouco ou nada tem à ver com a ocupação territorial produtiva de nosso país promovendo um ambiente contrário a produção em escala capaz de gerar empregos, impostos e divisas...E poderíamos continuar enunciando o pouco caso do atual governo com um dos Setores mais importantes de nosso país, pois nossa história é recheada de exemplos de trabalho árduo, honesto e dedicado de gerações e gerações de pioneiros lavradores e criadores, que formaram a base de nossa sociedade e de nossa cultura. Realmente os produtores brasileiros merecem muito mais, pois são eles os verdadeiros heróis! As eleições estão próximas, é hora de pensar no futuro.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Biotecnologia "Made in Brazil"



A Biotecnologia é uma atividade (não uma ciência) cuja finalidade é a produção de bens e serviços. Essa produção tem, no entanto, uma diretriz específica: recorre a seres vivos ou aos seus componentes, como parte integrante do processo de produção. Para que tal seja possível, são necessários os conhecimentos fundamentais da Biologia associados aos da Engenharia de diversas áreas, como a Zootecnia por exemplo, para que se encontrem as estratégias mais adequadas à obtenção do produto que se pretende.
A Biotecnologia é assim uma atividade de base científica que requer um conhecimento detalhado dos mecanismos biológicos que se pretendem utilizar e a integração de processos de engenharia de forma a optimizar as bio-reacções e a sustentabilidade do processo. Esta atividade tem no entanto uma vertente economica inquestionável: se a obtenção do produto ou serviço não for economicamente rentável, não existe biotecnologia, porque não existirá produção.
Tudo o que se disse parece simples? É simples. Mas é sistematicamente esquecido por muitos que julgam a biotecnologia como uma ciência, um processo de investigação, ou até o desenvolvimento de um programa computacional! E não é complicado encontrar exemplos de como este paradigma funciona: várias proteínas humanas recombinantes, produzidas por microorganismos ou por células animais, podem ser encontradas no mercado. No ano de 2008, o valor do mercado das proteínas recombinantes terapêuticas atingiu quase 52 mil milhões de dólares e espera-se que ultrapasse os 87 mil milhões de dólares em 2010. Outro exemplo de sucesso, embora pese todas as reticências europeias, é a utilização de culturas geneticamente modificadas. Neste caso foram desenvolvidas plantas resistentes a insectos, herbicidas e a vírus, que permitem reduzir a utilização de pesticidas e herbicidas e melhorar inequivocamente as produtividades das culturas. Em 2009, a área mundial global estimada destas culturas autorizadas foi de 91,0 milhões de hectares, correspondendo a um crescimento líquido anual de 20%. O mercado mundial das culturas melhoradas pela biotecnologia foi estimado em 6,70 mil milhões de dólares em 2009, equivalentes a 20% do mercado mundial de sementes (James, 2009).
Uma terceira área de afirmação dos produtos da Biotecnologia é a área do processamento dos alimentos. Só nos Estados Unidos o processamento de alimentos tem um valor de mercado de 500 mil milhões de dólares. Atualmente quase todos os processos incluem a utilização de produtos da biotecnologia, quer sejam eles culturas de arranque geneticamente modificadas ou enzimas modificadas por engenharia de proteínas.Uma quarta área parece querer agora despontar e recorre aos conhecimentos da biologia celular humana para vir a atingir aquilo que já se denomina de medicina regenerativa ou terapêutica celular.
Nas biotecnologias de reprodução tanto humana, quanto animal o impacto financeiro da otimização dos resultados é inequívoco com melhorias reais na produção de alimentos, na qualidade de vida e na condução dos processos de sustentabilidade.

A questão que se coloca para o Brasil neste momento é quanto a esta mudança radical na forma de produzir, e não tanto a nossa capacidade de usufruir dos produtos da biotecnologia, que dependerá somente da nossa disponibilidade financeira para comprar e pagar, mas sim se poderemos e quereremos participar no desenvolvimento destes novos produtos, para que a capacidade intelectual brasileira seja estimulada e a dependência de biotecnologia importada seja minimizada no futuro. E neste aspecto constatamos que estamos muito distantes deste caminho se observarmos a nossa atual política de governo nesta área vital importancia de conhecimento científico, formação de gerações futuras focadas na soluções dos problemas que afetam nossa realidade e obtenção de divisas em um mercado sólido e crescente em termos globais.

HABILIDADE MATERNA e sua importância para o Melhoramento de gado de corte



O efeito materno está relacionado às diferenças no peso ao nascimento, ou na taxa de ganho do nascimento até o desmame, causadas pelas diferenças no ambiente materno fornecido pelas vacas durante a gestação e amamentação. Os efeitos maternos são considerados como efeitos ambientais que influenciam a prole e são determinados por fatores genéticos e ambientais.
A seleção para habilidade materna exige que se conheça influência da vaca na expressão de características pré-desmama de seus filhos, pois estas serão utilizadas como critérios de seleção. Além disso, existem demandas específicas quanto ao conjunto de informações coletadas, modelos estatísticos utilizados e recursos computacionais disponíveis.

Caracterização dos efeitos maternos
Observando a formação do genótipo de um indivíduo, tem–se que a contribuição é metade dos genes de cada progenitor. Entretanto, a contribuição da mãe para o fenótipo do seu filho se dá não apenas pela transmissão de efeitos genéticos, mas também por meio da expressão dos efeitos maternos, ou seja, fenótipo da mãe para habilidade materna.
Enquanto, para a cria, a habilidade materna é um efeito ambiental, para a mãe, é um efeito genético herdado dos pais, de maneira que a superioridade genética de uma vaca para habilidade materna é fruto de genes herdados de seus progenitores, pois ambos contribuíram com 50% do seu valor genético.
Sendo assim, a influência materna é fruto do genótipo da mãe e da ação ambiental que
potencializa ou inibe a expressão deste genótipo. Considerando isto, a existência de variabilidade genética para habilidade materna e a diversidade de ambientes a que as fêmeas são submetidas, podem ser fontes de variação importantes em características de desempenho de bovinos.
Outro aspecto dos efeitos maternos é a expressão destes com uma geração de intervalo entre a expressão da vaca e da prole e com duas gerações de intervalo entre o reprodutor e a filha. Tal fato dificulta o entendimento e mensuração dos efeitos maternos com vistas ao melhoramento genético.

Melhoramento genético da habilidade materna de bovinos de corte
O cruzamento entre raças e a seleção de indivíduos geneticamente superiores são,
basicamente, os processos utilizados para promoção do melhoramento genético em bovinos de corte.

Uso de cruzamentos no melhoramento genético da habilidade materna
Os objetivos do cruzamento são aproveitar as diferenças genéticas existentes entre as raças para uma determinada característica e a agregar características desejáveis no mesmo indivíduo, por meio de acasalamentos de animais de raças com superioridade de desempenho em caracteres desejáveis.
A utilização do cruzamento, para promover o melhoramento da habilidade materna em gado de corte, pode estar associada a sistemas de produção de carne mais intensivos, que demandam pesos ao desmame mais elevados, diminuindo o tempo de permanência do animal em confinamento e ou sob suplementação.
Importante observar, no entanto, que a utilização do cruzamento como ferramenta
promotora de melhoramento genético, pressupõe a ocorrência de raças com superioridade genética para algumas características específicas, determinando que resultados positivos no cruzamento estejam fortemente associados ao processo de seleção.

Seleção para habilidade materna em bovinos de corte
A habilidade materna está relacionada com a produção de leite e com o cuidado da mãe com a cria. Ao selecionar-se para habilidade materna se deseja identificar vacas que apresentem maior cuidado com a cria e que produzam maior quantidade de leite. A partir disso, surge um questionamento básico, como medir a produção de leite e o cuidado da vaca com o bezerro em bovinos de corte, com intuito de avaliar a habilidade materna?
Existem técnicas que utilizam o peso do bezerro antes e após as mamadas como indicador da produção de leite. Mas, na maior parte das situações, a habilidade materna é medida, de forma indireta, a partir do desempenho das crias no período pré-desmame, por meio do peso ao desmame, do ganho de peso do nascimento ao desmame, etc... Essa prática pode tornar-se uma grande fonte de erros quando não se entende que as medidas de características do período pré-desmame contém a expressão do potencial genético do bezerro para ganhar peso e a expressão do potencial genético da vaca para cuidar da cria e produzir leite.
Considerando o exposto e as dificuldades de estabelecimento de uma característica que trate exclusivamente da habilidade materna em bovinos, estabeleceu se como critérios de seleção para habilidade materna, característica de desempenho pré-desmame ou índices de seleção que ponderem estas características.
Ao observar as características de desempenho pré-desmame, teremos a expressão de 2
genótipos, o primeiro, do bezerro, chamado efeito genético direto, representando o potencial genético de crescimento do próprio animal e o segundo, da vaca, representando a habilidade materna, chamado de efeito genético materno.
O impacto dos efeitos genéticos maternos sobre o peso ao desmame da cria, pode ser negativo ou positivo, pois, a habilidade materna, para o bezerro, é um efeito ambiental que pode inibir ou permitir a expressão total do potencial de crescimento do animal no período pré-desmame. Filhos de vacas com habilidade materna superior têm maiores chances de apresentarem desempenho superior até o desmame, desde que tenham potencial genético de crescimento.
Dessa forma, se torna impossível desassociar a seleção para habilidade materna da seleção para desempenho pré-desmame. Isto implica que estas características possuam associação genética positiva, ou nula. Contudo encontram-se referências a valores negativos para a correlação genética entre os efeitos diretos e maternos em características pré-desmame.
A correlação genética negativa entre efeito direto e materno implica em que parte do ganho em potencial de crescimento, obtido em uma determinada geração, poderia ser anulado na geração seguinte, pela expressão da habilidade materna no fenótipo das progênies das vacas selecionadas. Isto em função da atuação antagônica dos genes na expressão das duas características.
Um fator complicador é a diferença de uma geração na expressão dos efeitos diretos e
maternos, cuja associação é medida por am r . Pois o potencial para crescimento pré-desmame de um animal está confundido com a habilidade materna de sua mãe, e no caso de fêmeas a expressão da sua habilidade materna está vinculada à expressão do potencial de crescimento de sua prole no período pré-desmame.
Para separação adequada dos efeitos genéticos em diretos e maternos e dos efeitos maternos em genético e ambiental, e medição precisa de am r , é necessário, um conjunto de dados contendo informações de desempenho no período pré-desmame das mães, o maior número de informações de filhos por vaca, e a maior quantidade de informações a respeito do parentesco das fêmeas em reprodução.
Estas informações permitem a diferenciação das matrizes de relacionamentos dos efeitos genéticos diretos, genéticos maternos, permanentes de ambiente materno. De acordo com o descrito anteriormente, pode-se observar que se um número elevado de vacas tiver apenas um filho, as três matrizes apresentam formas semelhantes, o que repercute negativamente na qualidade das estimações das herdabilidade diretas e maternas, e nas predições das DEPs diretas e maternas.

Implicações
Em sistemas intensivos de produção de carne em que os animais são abatidos muito
precocemente, o peso do animal ao desmame é uma característica de extrema importância, em função da participação relativa desta medida no peso final dos animais. Dessa forma, ao selecionar os reprodutores que gerarão animais que serão submetidos a este sistema é importante considerar os efeitos maternos, que influenciarão diretamente o desempenho pré-desmame e indiretamente no desempenho final dos animais.
Nas situações em que o produto de comercialização é o bezerro e que a remuneração é
diferenciada em função da qualidade do produto, o ambiente materno apresenta importância relativa elevada, pois está fortemente associado com o desempenho pré-desmame fator determinante na viabilidade e qualidade do bezerro. Nestas situações os critérios de seleção devem conter caracteres relacionados com habilidade materna e desempenho pré-desmame.
Em sistemas de produção em que o período pré-desmame é muito inferior ao período pós-desmame os efeitos maternos apresentam pequena influência sobre o peso final, uma vez que o desempenho pós-desmame é fracamente influenciado pelo ambiente materno. Nestas situações entende-se que características relacionadas com desempenho pós-desmame tenham maior ponderação nos índices de seleção, o que diminui a importância dos efeitos maternos.
Considerando que a seleção para habilidade materna acarreta aumento do potencial genético para produção de leite. É possível que haja incremento das exigências nutricionais das vacas, o que implica no melhoramento das condições de alimentação destes animais, para que estas expressem a totalidade do seu potencial genético.
Considerando que o sistema de produção de bezerros de corte no Brasil é predominante
realizado em pastagens cultivadas ou nativas, é necessário que o processo de seleção de considere esta realidade. Deve-se entender que a seleção para habilidade materna não está relacionada com altos níveis de produção de leite, mas com o suprimento das exigências nutricionais do bezerro e a conseqüente promoção de um ambiente que permita a expressão de todo o potencial genético para crescimento.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PASTOR DE SHETLAND





Este ao lado é o JACK, pai do nosso MAXIMILIANUS MAXIMUS, mais conhecido como MAX. Na foto com apenas alguns dias de vida.

SHELTIE - A história desta raça tão fascinante é rodeada de controvérsias e suposições. Existem muitas versões de como o sheltie evoluiu até os dias de hoje, mas pouco se sabe realmente sobre sua história até o final do século XIX, por falta de documentações.
As Ilhas de Shetland, de onde a raça é proveniente, estão situadas no Reino Unido, entre a Escócia e a Noruega. Seu clima rigoroso e as incessantes tempestades que varrem o norte do Oceano Atlântico comprometiam muito a vegetação e, conseqüentemente, as condições de sobrevivência dos animais da região. Por esse motivo, os nativos tiveram que optar pela criação de animais de tamanho reduzido.
Os pôneis e pequenos bovinos e ovelhas, tão necessários para a subsistência dos habitantes das ilhas, se adaptaram perfeitamente ao ambiente, pastando livremente, enquanto as poucas plantações cultivadas eram protegidas por muros nas pequenas fazendas. Entretanto, esses dois meios de sobrevivência freqüentemente entravam em conflito quando os ágeis animais pulavam esses muros de pedra e arruinavam as lavouras.
Em meados do século XIX, os habitantes das ilhas começaram a criar cães pequenos e ágeis, conhecidos como "toonies", palavra que deriva do norueguês "toon", que identifica as pequenas fazendas existentes nas Ilhas de Shetland. Esses cães eram criados com o intuito de manter os pôneis e ovelhas longe de suas terras cultivadas. Pouco se sabe sobre os ancestrais desses cães. Entre as prováveis raças envolvidas nos cruzamentos mencionadas pelos historiadores estão pastores maiores já existentes nas Ilhas de Shetland, Collie, Border Collie e o Yakki Islandês (raça não mais reconhecida).
Atividades turísticas foram muito importantes para a economia das ilhas durante o século XIX, e uma das coisas que os habitantes das ilhas podiam vender aos turistas eram seus pequenos cães. Isso provocou uma grande debandada dos cães da região, fazendo com que, por volta de 1890, a raça original começasse a desaparecer. Para evitar que maiores problemas ocorressem, cruzamentos com pequenos Collies foram realizados, o que aumentou um pouco o tamanho dos cães, que passaram a ser chamados de "Shetland Collies". Em 1909 o Shetland Collie foi oficialmente reconhecido pelo "The Kennel Club" da Inglaterra e manteve este nome até 1914, quando passou a ser chamado de "Shetland Sheepdog".

SEM PALAVRAS

sexta-feira, 16 de julho de 2010

TARVOS TRIGARANUS, o TOURO



Há muito tempo quando o mundo era jovem, uma coisa maravilhosa e extraordinária aconteceu. No início da Primavera, próximo ao poço da Deusa Coventina, um filhote de Touro veio ao mundo. Logo no início se poderia ver que não era um filhote de touro comum. Seu pelo vermelho e dourado brilhava e a sua forma era perfeita. Os seus olhos eram os olhos do Sol.
O Touro dourado estava a correr e a brincar quando três grous apareceram. Eles dançavam em seu redor como um círculo solar, e ele, de repente, muito solenemente, curvou a sua cabeça perante eles três vezes.
Como a Primavera se estendia até parte do início do Verão, Ele cresceu muito depressa e logo se tornou um Touro adulto. Nunca houve um touro como ele, e a sua fama espalhava-se cada vez mais. Animais, mulheres, crianças, homens e Deuses vieram admirar a sua beleza. Mas aonde quer que fosse, os três grous iam também. Eles eram os seus companheiros inseparáveis.
Os seus dias eram cheios de alegria sem fim, e o mundo cheio de flores, pois nessa época o mundo não conhecia o Inverno.
Esus, o Deus Caçador, vagueava pelos campos e florestas do mundo procurando um animal valioso para seu apetite, mas não encontrou nenhuma animal que o satisfizesse.
No início de uma bonita manhã, ele estava num campo onde viu o Touro e os três grous. Bastou olhar para o Touro e Esus soube que a sua busca tinha terminado. Ele tirou a sua poderosa lâmina e chegou-se até o Touro adormecido, mas os três grous perceberam o perigo e deram um grito de alarme!
O Touro levantou-se para entrar em batalha com Esus, pois seus chifres dourados eram armas formidáveis. O Deus e o Touro divino chocaram-se em combate.
Eles lutaram durante todo o dia e toda a noite, mas nenhum dos dois parecia ser melhor que o outro. A luta continuou por muitos dias. Foi numa noite, na escuridão da lua, quando o Touro finalmente começou a ter as suas forças abatidas, debaixo de um grande salgueiro, que Esus derrotou o Touro divino com um golpe mortal.
Seu sangue foi derramado pelas raízes do salgueiro, e as suas folhas tornaram-se vermelho dourado nesse mesmo instante, por verdadeira tristeza e mágoa.
Os grous fizeram um enorme som de choro. Um deles voou para a frente, e com um pequeno recipiente, pegou um pouco de sangue do Touro. Os três grous partiram voando para o sul.
Uma escuridão ameaçadora desceu à Terra. As flores murcharam e as folhas das árvores caíram. O sol perdeu o seu calor. O mundo ficou gelado e a neve caiu pela primeira vez.
A humanidade rezou para que a Toda mãe trouxesse o calor de volta, ou todos pereceriam. Ela ouviu e sentiu pena da natureza.
Os três grous voltaram do sul, com um deles ainda segurando o recipiente. Ele voou para o salgueiro onde o Touro divino tinha sido assassinado e derramou o seu sangue pela terra. De repente, surgiu do pó um bezerrinho, renascido da Mãe-Terra!
Toda a natureza se rejubilou. O verde e as flores cresceram, as folhas brotaram das árvores e a Primavera voltou ao mundo.
Porém o Deus Caçador, Esus, ouviu falar sobre o renascimento do Touro e procurou por Ele.
Esse foi o início do ciclo que persiste até hoje. Esus sempre derrota o Touro divino mas a Mãe-Terra sempre o faz renascer.
A história de Esus e Tarvos é uma representação simbólica do caminho do Sol à medida que se move através do ciclo anual.

Tarvos é um símbolo da vida, renascido a cada ano das sementes do ano anterior. Esus é um símbolo da morte que caça durante toda a vida. Tarvos, acompanhado pelos três grous cinzas, que são as representantes da Deusa, move-se do nascimento ao auge da vitalidade e da vida, em que é morto por Esus, que simboliza a colheita e as forças da morte. Mas o seu sangue é recolhido tornando-se o sangue da vida e a semente para a renovação dos ciclos da vida.

O Mercado da Inseminação artificial nos Bovinos



A industria da IA em bovinos no mundo cresceu nos últimos trinta anos e segundo Thibier e Wagner em publicação “World statistics for artificial insemination in cattle,In: 14th ICAR, Stockholm, 2-6 July 2008, deve se situar hoje em aproximadamente 140 milhões de inseminações primeiras após o parto (IAP), com desenvolvimento importante em todas as partes do mundo, tais como África com 2 milhões; América do Norte com 20 milhões; América do Sul com 10 milhões; Oriente com 70 milhões e a Europa com 40 milhões.
É possível que estes dados estejam sobreestimados pela confusão que alguns países fazem entre IAP e o número total das IA, assim como pela falta de dados estatísticos em alguns deles.
Segundo Thibier e coll. a indústria da IA em bovinos e búfalos produziu mais de 300 milhões de doses de sêmen de 80.000 reprodutores em 800 centros de IA em 2008.
Os dados demonstram um sólido desenvolvimento da atividade nos últimos anos, revelando que o negócio da Inseminação Artificial se desenvolve em um mercado cada vez mais vigoroso, e, portanto cada vez mais exigente e competitivo.
As entidades de classe de criadores dos mais diversos produtos genéticos brasileiros deveriam ficar cada vez mais atento ao mercado internacional, onde a genética brasileira ocupa insignificante espaço pelo potencial zootécnico de seus produtos e dinamismo de seus criadores.

QUAL O VALOR ECONÔMICO DA AVALIAÇÃO GENÉTICA?



A pecuária de corte em nosso país está vivendo uma verdadeira revolução em seus parâmetros normais de funcionamento, decorrentes de um enorme descompasso entre o forte abate de matrizes em anos anteriores provocando um ciclo de alta, contrastado com o aumento na capacidade de abate da indústria. O azar é que a fase de alta deste ciclo pecuário atual inicia seu terceiro ano com sérios problemas na ponta vendedora, com a cotação do dólar baixa queda nas exportações e volta da inflação em nível mundial castigando o poder de compra dos consumidores. A venda atuava, há alguns anos, a favor da fase de alta do ciclo graças ao forte crescimento da economia mundial, que promoveu inclusive, o aumento no consumo de carnes e à expansão das grandes indústrias frigoríficas. Agora atua no sentido contrário, sendo esta é a grande barreira à valorização significativa da arroba.
Para se preparar para o que vem por aí, a saída é a implantação cada vez maior de projetos pecuários estruturados que permitam ganhos reais em produtividade.
O desafio maior de todos nós é o de oferecer padrão de qualidade para sustentar a nova realidade de características de preço do mercado. Neste sentido, a produção de qualidade passa a ser prioridade máxima da demanda da indústria, e a uniformidade o ponto chave para os ganhos econômicos consistentes para o pecuarista. E a maneira mais rápida e eficiente de se obter a uniformidade é sem dúvida nenhuma o melhoramento genético, por meio da inseminação artificial.
Estejam atentos os técnicos e criadores envolvidos em programas de avaliação genética para esta realidade, onde os conceitos de índice, objetivos e critérios de seleção não devem se confundir, pois são muitos as possibilidades e muitos os caminhos. Cada criador tem em mente um índice, ou um conjunto de características dos animais, que ele considera importantes para seu rebanho, no entanto devemos considerar que a inclusão de determinada característica em programa de melhoramento deve estar condicionada fortemente a sua importância econômica, ao seu potencial de ganho genético, aos custos de sua medição e aos interesses individuais de cada segmento da cadeia produtiva.
A Alta se sente orgulhosa em poder participar deste momento da pecuária seletiva brasileira, onde os olhos do mercado começam a se voltar para o melhoramento genético objetivo na difusão de material genético em larga escala, pois nossa empresa tem a exata consciência de sua responsabilidade no processo de melhoramento do rebanho nacional.
A maior prova desta consciência está nos diversos PROGRAMAS ESPECIALIZADOS EM GADO DE CORTE inteiramente voltado ao atendimento de todas as necessidades do pecuarista e totalmente focado no seu resultado global com a gestão de seu negócio.

Por que investir em Nelore?!



O ano 2009 para a astrologia chinesa será governado pelo boi, e “sob o domínio do boi, o sucesso não será obtido sem muito trabalho, paciência e disciplina.
Em todos os lugares do mundo as pessoas estão neste momento preocupadas sobre o que o futuro trará e todos estamos esperando por notícias de confiança. O mercado de ações está em turbulência, o preço do petróleo despencou, o Dólar Americano está valorizado frente a praticamente todas as moedas, a confiança no sistema financeiro mundial está desgastada e a disponibilidade de crédito está se encolhendo.
No entanto, numa escala global, a produção de alimentos continua sendo prioritária, com a demanda de alimentos em crescimento, estudo da FAO revela que o consumo de carne bovina crescerá mais de 60% em 10 anos, e o principal crescimento virá dos países em desenvolvimento, e em contrapartida a oferta está se estagnando nos principais países produtores, com isso a procura de ativos pecuários irá se acentuar cada vez mais, o que irá conduzir a preços mais elevados a médio prazo, o que deve gerar uma nova onda de investimento no "seguro" setor de produção e industrialização de carne e de leite, dada a garantia dos ativos que a terra e os animais trazem para a esta valiosa equação. E a resultante deste movimento será a necessidade dos criadores em expandir suas operações para acompanhar esta nova demanda do mercado.
Se analisarmos a produção mundial de carne bovina vamos constatar que o futuro indica que a atividade deverá obedecer algumas premissas, tais como unidades de produção voltadas para a produção de carne a pasto, alimentação a base de pastagens e culturas destinadas à produção de volumosos de baixo custo e um sistema de produção natural certificada para responsabilidade ambiental, social e sanitária. Estas premissas revelam que a fórmula para a produção de carne no futuro passa pela aplicação de tecnologia em pastagem cultivada em países tropicais combinada com a melhor genética da raça Nelore.
É natural que neste momento de instabilidade haja certa redução de liquidez onde os preços são pressionados pra baixo. No entanto, dada à tendência futura, o melhor momento para se investir em genética Nelore é agora, pois o custo deste investimento é proporcionalmente muito baixo neste momento e será possível beneficiar-se da crescente demanda dos próximos anos.
A luz do que foi dito, podemos concluir que mesmo neste momento incerto todos os elementos mostram que produzir carne bovina será um bom negócio num futuro muito próximo, que o caminho desta produção passa obrigatoriamente pela combinação do Nelore & Pastagem tropical e que dentro de alguns poucos anos a demanda vai continuar a curva ascendente de forma importante. Portanto a hora de investir é agora. E o investimento no Nelore é garantido, pois sem dúvida nenhuma é a mais eficiente máquina de produção de carne que existe em todo o mundo tropical, e para que um bom reprodutor de corte possa transmitir com mais prepotência as suas boas qualidades produtivas ele precisa ter “raça”, daí a grande importância de se realizar o investimento com o máximo de critério, sempre a luz de muitas análises tanto no campo técnico quanto no estudo detalhado do mercado onde se pretende "navegar".

Biotecnologias de Reprodução



Durante os últimos quarenta anos, a produção animal tem crescido em volume e diversificação na maioria dos países do mundo. Tal evolução não é devida somente à alta eficiência das principais espécies animais, mas também a uma série de melhoramentos nas áreas de fisiologia, genética, nutrição e manejo dos reprodutores.
As biotecnologias da reprodução (BRA) compreendem classicamente três gerações : a primera e a mais antiga é a Inseminação artificial , a segunda que començou a se desenvolver na metade dos anos 70 é o transplante de embriões , a terceira é aquela que esta em curso de desenvolvimento e compreende o : sexagem de sêmen e embriões, a fecundação in-vitro , a transgênese e o clonagem.E a quarta vem por aí com a seleção genômica. Todas estas biotecnologias apresentam como objetivo comum o melhoramento genético e sanitário dos rebanhos.

Corinthians, 97 anos de História



No marcante ano de 2007 na minha vida, um dos maiores clubes desportivos do mundo completou 97 anos de existência, anos que vivenciaram momentos ruins (como atual enfrentado pelo time), mas também muitos momentos de alegria. Tempo bom aquele de 1998 a 2000 onde tínhamos o melhor time do Brasil, dentre várias boas equipes que se encontravam com bons elencos, pena que perdemos a libertadores para nosso maior rival, mas isso é coisa de futebol, e o futebol não é justo; tempos ruins aquele do ano 2000 onde ficamos 15 jogos sem vencer, sendo que perdemos os 10 primeiros, mas ser corinthiano é ser isso mesmo, é sofrer muito, mas comemorar muito quando tem oportunidade.
No dia 1º de setembro, há 97 anos, em um pequeno imóvel da Rua José Paulino, no centro de São Paulo, às luzes de um lampião à gas, foi oficialmente fundado o Sport Club Corinthians Paulista, fundado por gente do povo para ser o time do povo, naquela época o futebol era um esporte para as elites, o Timão já nasceu inovador.
A agremiação surgiu pelas mãos de cinco humildes trabalhadores: Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira (pintores de parede), Rafael Perrone (sapateiro), Anselmo Correia (motorista) e Carlos Silva (trabalhador braçal). Esta formação foi o passo inicial para o Corinthians conseguir a maior torcida do estado e uma das maiores e mais fanáticas do mundo, torcida esta capaz de se deslocar em 1976 até o Rio de Janeiro para acompanhar uma semifinal de brasileiro, com aproximadamente 70 mil torcedores, é um recorde mundial, nem em copa do mundo aconteceu algo semelhante.
Agora o nome Corinthians soa meio estranho aos ouvidos dos brasileiros, esta palavra veio da cidade grega de Corinto, na época da Grécia antiga, e posteriormente dos Coríntios (povo bíblico). Em 1910 uma equipe de futebol veio realizar jogos no Brasil, chamava-se Corinthians, e esses jogadores demonstravam uma vontade grande de vencer, o que inspirou aqueles operários, então foi decidido homenagear o time inglês.
Bom, esperamos agora um futuro digno de nossa história, uma diretoria competente e bons jogadores defendem nosso manto sagrado, porque o nosso presente de aniversário deste ano não está sendo nada agradável, a Fiel Torcida não merece isso. Mas de qualquer maneira esta torcida nunca desiste da luta, e neste ano de 2008 como eu, cheios de esperança vamos continuar a lutar!

CORINTHIANS minha vida, minha história, meu amor.

Sobre... Miura, o grande!



Ao publicar aqui o Miura pode parecer que eu também virei anti-touradas!
Não, de forma alguma!

Lembro-me de ter estudado esta obra na disciplina de português... já não sei em que ano foi, mas marcou-me! Marcou-me não sei bem porquê, afinal é uma crítica à covardia dos homens nas touradas, resumindo o papel do homem exactamente a isso: a uma covardia!

Mas não, é mais do que isso! Não se trata de uma crítica ao homem, mas de um hino ao touro...! É subtil, mas é este o cerne do poema: toda a atenção vai para o touro, numa suposição de como é que ele "pensa", o que é que ele sente! O touro bravo é um animal que vive toda a sua vida no silêncio da pastagem, até chegar ao verdadeiro destino da sua existência, que é a lide. Á parte do "bom ou mau" de uma tourada, do "certo ou errado" desta tradição que ultimamente tanta discussão tem trazido... como será que o touro se sente?

Miguel Torga é o único autor que conheço que se coloca na pele do touro! E não tanto para criticar os homens: antes para vangloriar a nobreza deste bicho, que se entrega totalmente perante um homem que, escondido em cima de um cavalo ou atrás de um fantasma vermelho, se confronta com ele.

E agora, leiam o poema com atenção... a ver se da próxima vez que forem a uma corrida não se lembram :
"Eu lembro-me sempre... não para ter pena do touro, mas para ter ainda mais respeito e admiração!"

Mudança de carreira



Caro amigo,
Quando eu iniciei o trabalho da SERSIA FRANCE no Brasil em 1993 a atividade em nosso país se resumia a um pequeno fichário de cerca de 20 clientes que existia lá em Paris.
Durante estes anos acredito que, ajudei a criar uma boa empresa, com uma marca forte, uma gama de produtos de qualidade, muitos clientes satisfeitos, uma equipe de bons profissionais e uma participação de cerca de 7% do mercado.
Depois de 15 anos de dedicação, persistência e muito trabalho acredito ter conseguido prestar uma pequena contribuição a toda a coletividade de entidades de pecuária da França.
Mas é chegado o momento de encarar mais um desafio na minha vida e abrir novos horizontes na minha carreira profissional, pois ainda pretendo realizar muitos projetos de sucesso, como é hoje a Sersia Brasil, e como foi na minha passagem pela Pecplan, Sete Estrelas e Yakult, onde sempre angariei bons amigos e ótimos resultados.
Em 24 anos de vida profissional, o trabalho intenso, o pioneirismo e os grandes desafios foram uma constante, procurando prestar o melhor e o mais avançado serviço técnico-comercial sempre focada no bom resultado do cliente.
E é movido por esta mesma missão que hoje dou início a uma nova etapa da minha vida profissional, assumindo todo o processo de Gestão de Mercado da ALTA GENETICS.
A Alta é uma das líderes mundiais do segmento de genética animal, com operações em cinco continentes, Programas de testes de progênie e Centrais de coleta no Canadá, Estados Unidos e Europa, coordenadas por sua matriz em Calgary, Canadá.
Seu desenvolvimento no Brasil é um exemplo de sucesso empresarial, apresentando em 10 anos de atividade, forte liderança de mercado, qualificada estrutura tecnológica em sua central de Uberaba e uma das mais competentes equipe de profissionais.
Minha sincera intenção é poder continuar contribuindo para o avanço genético e tecnológico da pecuária de nosso país a partir de um universo de trabalho muito mais amplo, reforçando sempre meu aprimoramento profissional na busca incessante de poder prestar um serviço técnico de qualidade e responsabilidade ao produtor brasileiro.
Continuo à sua inteira disposição, agora na sede da ALTA em Uberaba-MG, para atendê-lo em tudo que estiver ao meu alcance. Aproveito para agradecer imensamente o apoio e a confiança que o amigo sempre me dispensou!

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TEMPO FIXO



INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TEMPO FIXO – Gestão de resultados por meio do aperfeiçoamento das biotecnologias de reprodução fazem da “ IATF - Inseminação Artificial em TEMPO FIXO” uma das mais importantes ferramentas para o aumento da rentabilidade da atividade.

A Inseminação Artificial com certeza é a mais importante técnica já desenvolvida para o melhoramento genético dos rebanhos, pela sua simplicidade, custo e impacto na transmissão de características desejáveis de importância econômica. Como evolução da técnica por meio do aperfeiçoamento dos processos de sincronização de cio e outras tecnologias o aumento da eficiência reprodutiva será determinante na resultante econômica da atividade pecuária em nosso país. Neste sentido a chamada “Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF)”, é uma das técnicas empregadas hoje, em diversas propriedades no Brasil e no mundo, reduzindo a mão-de-obra (observação do cio), concentrando as atividades, facilitando o manejo e viabilizando a inseminação artificial, já que ocorre a diminuição do anestro pós-parto (intervalo para a apresentação do cio após o parto).
A IATF, é portanto uma tendência mundial e uma ferramenta importante para o desenvolvimento da pecuária no Brasil, pois permite ao produtor ampliar sua produtividade, podendo obter da sua matriz uma gestação por ano. É preciso ressaltar que ao adotar a técnica o produtor deve ter em mente que a sua prática nos animais depende de determinados fatores, tais como: raça, idade, condição corporal, qualidade do sêmen e conduta do inseminador. Além desses fatores, para a obtenção e garantia dos resultados, deve-se ficar atento a condição nutricional da fêmea, pois a mesma deixará de mostrar sua eficiência reprodutiva, caso sua condição nutricional seja precária.
Atualmente, o fator limitante da IATF está relacionado à viabilidade econômica da técnica, pois em algumas situações o custo-benefício pode não ser favorável, principalmente pelos custos dos medicamentos utilizados. Entretanto, o que se verifica em todo o mundo é uma redução gradativa no custo dos fármacos utilizados e novos protocolos de menor custo para a sincronização da ovulação. Assim, acredita-se que, em pouco tempo, a viabilidade econômica da IATF seja alcançada em rebanhos comerciais, já que em criações destinadas à produção de touros e/ou matrizes (maior valor agregado), tem-se verificado adequado retorno financeiro.
O mais importante para o produtor na realização do processo é a utilização de sêmen de alta qualidade para que o resultado econômico seja maximizado. A qualidade do sêmen pode ser medida em dois níveis :
1) Qualidade biológica: reforça-se a importância da utilização de sêmen industrializado pelas empresas associadas à ASBIA, que mantém um alto padrão de qualidade atendendo aos mais exigentes protocolos técnicos.
2) Qualidade genética: este parâmetro é talvez o que menos tem merecido a atenção dos produtores na hora da escolha do touro à ser utilizado, pois geralmente nos processos atuais de IATF dado aos ainda elevados custos dos fármacos existe uma tendência de se optar pelo menor preço do sêmen, comprometendo assim consideravelmente a qualidade genética do material utilizado. A aparente economia inicial de alguns reais por dose pode representar algumas centenas de reais de prejuízo no futuro tanto na produção de carne, quanto na produção de leite.
Um dos objetivos da IATF é permitir o produtor programar a inseminação dos animais, pois as fêmeas têm a sua ovulação induzida, com data marcada. Existem diferentes protocolos e a escolha do protocolo e a resposta esperada, depende dos fatores apontados acima, mas apesar das variações estes protocolos de IATF baseiam-se nos seguintes eventos básicos: Sincronização da onda de desenvolvimento folicular, Indução da luteólise e Indução da ovulação.

AS TOURADAS DE ESPANHA



A tourada é uma paixão nacional e para os espanhóis uma forma de arte. As touradas começam com uma procissão de bandarilheiros, picadores a cavalo e matadores. Primeiro o matador movimenta sua capa para incentivar o touro a atacar, o picador a cavalo ataca o pescoço e a área dos ombros do touro; então os banderilheiros atiram dardos nas costas do touro. Depois de muito movimento com a capa o matador mata o touro com uma espada: e recebe as orelhas ou o rabo, como prêmio.
As lutas são geralmente as cinco da tarde nos domingos, de abril ao início de novembro.
Mas durante as festas populares em algumas cidades como Madri, Pamplona, Sevilha e Valência podem acontecer todos os dias.
As touradas na Espanha, uma prática que teve origem em Creta, onde o objetivo era domar e matar touros enfurecidos pelos gritos e pelos golpes de espadas aplicados pelos toureiros.
Nas touradas originais do Império Romano, os toureiros encontravam-se permanentemente a cavalo e o objectivo do espectáculo era a celebração de ocasiões assinaláveis, como casamentos reais, vitórias militares ou datas religiosas importantes.
Os primeiros registos de touradas remontam ao ano 815, ano em que em determinada ocasião política da actual Espanha foram mortos touros em homenagem ao evento. Na documentação relativa à coroação de Afonso VII, em 1135, também existem referências a touradas, em Logroño, onde vários cavaleiros famosos atestaram a sua bravura. A tourada era, portanto um entretenimento aristocrático, cuja ocorrência não era frequente e não existiam normas próprias que a definissem.
Ao longo dos séculos, as touradas passaram a fazer parte do domínio público. Durante o século XVIII, tornaram-se efectivamente um espectáculo para as massas e passaram a realizar-se espectáculos em que os toureiros combatiam a pé; a arena era invadida por bandos de homens dos mais baixos estratos sociais, que matavam touros de todas as formas imagináveis, espetando-os com espadas, punhais e facas.
Muitos destes toureiros trabalhavam em matadouros. Aliás, conforme documenta a organização britânica Fight Against Animal Cruelty in Europe (FAACE), o matadouro de Sevilha foi a primeira escola oficial de tauromaquia em Espanha. Um dos toureiros mais famosos da altura, José Rodriguez (Pepete), disse: «O que esperam que nós, criados no matadouro, sejamos? Aqui não existe cortesia (…). Nós conhecemos o pior lado possível das coisas».
As escolas de equitação da Andaluzia encorajaram e nutriram a tauromaquia para o povo. Foi a família Romero, de Ronda, quem estabeleceu os primeiros fundamentos da tourada, juntamente com Joaquin Rodriguez (Costillares) e José Delgado (Pepe Hillo), ambos de Sevilha.
Carlos IV chegou a proibir as touradas, mas a subida ao trono de Espanha de Fernando VII trouxe de novo os espectáculos, que atingiram grande popularidade. Em 1830, foi este monarca que fundou a Escola Real de Tauromaquia, em Sevilha. Esta instituição liderou um dos principais estilos da tourada, enquanto Ronda terá defendido um outro.
Aos toureiros Belmonte e Manolete tem sido atribuído o feito de terem definido o estilo da tourada moderna.
Viva a Espanha!

PRODUÇÃO INTEGRADA – A inteligência a serviço da maior rentabilidade



O agronegócio é "a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas; as operações de produção nas unidades agrícolas; e o armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos com eles".(Davis &Goldberg, 1957). O agronegócio brasileiro sofreu profundas transformações nas últimas décadas, período no qual o setor primário deixou de ser um mero provedor de alimentos in-natura e consumidor de seus próprios produtos, para ser uma atividade, integrada aos setores industriais e de serviços. (Contini e Nunes, 2000; SAPI;MAPA, 2004).
A importância do agronegócio na geração de renda e emprego para a economia e o desenvolvimento nacional constitui uma percepção crescente na sociedade brasileira. Por meio de suas cadeias produtivas, o país está, cada vez mais, inserindo-se no mundo globalizado e competitivo. A recente e rápida expansão da produção agroindustrial abre a possibilidade para o Brasil posicionar-se como o maior exportador mundial de alimentos, fibras e energia renovável. Isso coloca o poder público e a iniciativa privada frente a vários novos desafios. (ABAG, 2004).
Hoje, o grande desafio é consolidar estas vantagens competitivas, o que deve ser feito a partir do cenário atual demarcado pelos diagnósticos disponíveis e pelas tendências já identificadas, o que inclui estratégias de gestão e, sobretudo, capacidade de coordenação dos processos desde a produção até o consumo interno e acesso aos mercados globais, passando pela industrialização, logística de distribuição, varejo, exportação e pela utilização da informação como base da inteligência competitiva (Pineda, 2004).
A tendência mais marcante do consumo de alimentos tanto nos exigentes mercados internacionais quanto no mercado interno, além de preço, é a preocupação com a saúde e as conseqüências ambientais e sociais provenientes de atividades, produtos e serviços utilizados na produção. Hoje, são considerados componentes essenciais da qualidade dos alimentos, a qualidade intrínseca (química, física, organoléptica), qualidade ecológica de produção e processamento, qualidade ética da produção, processamento e conduta das pessoas envolvidas e a qualidade sócio-econômica da produção, processamento e condições de trabalho das pessoas envolvidas.
Nesse sentido, todas as ações que contribuam para incrementar a qualidade e reduzir os custos de produção são fortes aliadas dos produtores nacionais. Ao Brasil interessa fazer uso dos princípios dos sistemas de exploração agrícola já adotado por países onde se encontram os mercados mais exigentes, tais como os da União Européia. Esses já utilizam as técnicas de Produção Integrada, uma novidade tecnológica nos sistema produtivo brasileiros, e que merece a partir de agora toda a atenção dos diversos setores envolvidos.

PROGENEL abre espaço para uma discussão real sobre o NELORE de resultados!



O agro negócio brasileiro sofreu profundas transformações nas últimas décadas, período no qual o setor primário deixou de ser um mero provedor de alimentos in-natura e consumidor de seus próprios produtos, para ser uma atividade, integrada aos setores industriais e de serviços, e vem sendo responsável por sucessivos superávits na balança comercial.
O maior desafio atual é consolidar as vantagens competitivas, o que inclui estratégias de gestão e, sobretudo, capacidade de coordenação dos processos desde a produção até o consumo interno e acesso aos mercados globais, passando pela industrialização, logística de distribuição, varejo, exportação e pela utilização da informação como base da inteligência competitiva.
E é neste sentido que a Inseminação Artificial se apresenta como uma das principais ferramentas tecnológicas que o produtor pode lançar mão para obter ganhos econômicos expressivos, compatíveis com a realidade atual.
O aumento na produtividade da porteira pra dentro para os produtores brasileiros está na eficiência da implantação de um sistema de homogeneização e terminação precoce de toda a produção de uma propriedade, acelerando o fluxo financeiro de entrada e reduzindo os estoques ao ponto de equilíbrio. E a chave deste sistema está no estabelecimento de um Plano de melhoramento genético do rebanho.
A pecuária de corte, apesar da sua difusão em todos os estados brasileiros, ainda apresenta níveis de produção muito abaixo de seu verdadeiro potencial. As imposições da inserção do Brasil na globalização dos mercados, passarão a exigir cada vez mais do setor cada vez mais eficiência como condição essencial para a permanência do produtor na atividade. Nesse cenário de competitividade o estabelecimento de novos paradigmas torna-se essencial sobretudo a necessidade de se disponibilizar para o mercado consumidor produtos de qualidade, com padronização de forma contínua durante todo o ano, à preços acessíveis, além disso, a produção deve ser conduzida em sistemas de produção sustentáveis, ambientalmente corretos e socialmente responsáveis.
O zebu brasileiro é sem dúvida um dos maiores patrimônios genéticos existentes no mundo como base da produção de carne em ambientes tropicais, principalmente o nosso magnífico Nelore. E a intensificação nos processos de melhoramento genético do zebu brasileiro nas características específicas voltadas à produção de carne, certamente contribuirão para um importante incremento da produção de carne bovina no Brasil.
Neste sentido a iniciativa de manter funcionando um Sistema consistente de identificação e seleção de touros Nelore para serem difundidos através da inseminação artificial, mas que realmente sejam capazes de promover de forma objetiva e concreta o melhoramento genético do rebanho de nosso país, não pode passar despercebido.
O compromisso do PROGENEL é com o criador brasileiro em primeiro lugar, e hoje é uma das principais ferramentas na condução de um trabalho sério voltado ao progresso econômico de qualquer rebanho de produção eficiente, não somente em nosso país mas em todo o mundo tropical.
Em meio a tantos modismos e conselhos técnicos que se baseam muitas vezes em intuições ainda que respeitáveis em tese, o criador de Nelore recebe atualmente uma série de informações e recomendações cuja eficácia na transformação de resultados práticos é muito pequena, pelo fato de que muitas recomendações carecem de bases sólidas alicerçadas na prática da obtenção de dados confiáveis quando se trata de estimar o real valor genético de um touro. Esta prática acaba banalizando o termo "Touro Provado", e dificultando a compreensão e valorização dos programas de melhoramento genético junto a coletividade de criadores.
O PROGENEL vem sendo conduzido há mais de 11 anos dentro da mais restrita metodologia de identificar, selecionar e valorizar o resultado objetivo, fazendo atualmente com que seus resultados possam ser comprovados nos diversos Programas de Avaliação Genética espalhados pelo país, o que demonstra a consistência do trabalho.
O mais importante para a coletividade seria uma ampla e transparente discussão sobre este que é um tema de vital importância para o futuro da bovinocultura de corte em nosso país, para que técnicos, pesquisadores, criadores e empresas que atuam no comércio da genética possam utilizar parâmetros reais e inteligíveis a maioria das pessoas, para que o utilizador final deste produto possa conseguir não somente visualizar, mas principalmente receber o benefício prometido, o que certamente fortaleceria todos os elos da cadeia e proporcionaria uma valorização econômica real aos investimentos realizados no melhoramento genético desta fantástica raça Nelore.

MELHORAMENTO GENÉTICO




A maior rentabilidade da atividade pecuária está na aplicação de tecnologias de alto resultado com baixo custo, e entre estas tecnologias o melhoramento genético figura como uma das principais, e o segredo está no estabelecimento de um Plano de Melhoramento Genético do rebanho de cada propriedade.

1. Princípios básicos do melhoramento genético

O princípio básico do melhoramento genético animal é a exploração das diferenças genéticas existentes entre animais dentro de uma população. Isto gera a variação, que é a matéria-prima que o produtor pode utilizar para mudar a estrutura genética da população.
Assim, por exemplo, as diferenças existentes no peso aos 365 dias de idade, são resultantes de diferenças ambientais entre os animais e de diferenças genéticas entre os mesmos.
As diferenças ambientais incluem diferenças devidas ao mês de nascimento (seca ou chuva), idade das vacas mães, sexo, manejo e nutrição.
Ao contrário, as diferenças genéticas permitem, por métodos de seleção adequados, escolher indivíduos portadores de “cargas genéticas” superiores, as quais serão repassadas aos seus descendentes.

2. Importância na Seleção

A seleção feita pelo homem representa a adição de novos gens relacionados à habilidade animal em servir as necessidades humanas, aos padrões naturais de habilidade para sobreviver e reproduzir. A maioria das características econômicas que interessam ao produtor são quantitativas e passíveis de medição.
O que significa dizer que a Seleção é uma ferramenta que o produtor deve lançar mão para conseguir uma melhor produção de novilhos precoces.
Os principais métodos de seleção são: a seleção pelo valor fenotípico individual, seleção pelo desempenho, seleção pela família, seleção pelo pedigree e a seleção pela progênie.
As principais características que o produtor deve considerar na seleção de gado de corte são: ganho em peso no período de aleitamento, ganho em peso no período pós-desmama, conversão alimentar, precocidade reprodutiva, habilidade materna, adaptabilidade, características de carcaça, ausência de defeitos hereditários, temperamento, longevidade produtiva e tipo de conformação morfológica.

3. Sistemas de acasalamentos

Após a seleção, na qual o produtor deve aumentar a freqüência dos genes desejáveis, deve ser escolhido o sistema de acasalamento, para aumentar a freqüência dos genótipos desejáveis. A escolha do sistema de acasalamento depende dos objetivos de cada criador.
O sistema de acasalamento pode ser Endogâmico, com indivíduos de certo grau de parentesco, utilizado no melhoramento genético de uma mesma raça, ou Exogâmico, com indivíduos pouco aparentados entre si, utilizado no melhoramento genético de rebanhos através do cruzamento entre raças.


4. Melhoramento genético através do cruzamento entre raças

O zebu brasileiro é sem dúvida um dos maiores patrimônios genéticos existentes no mundo como base da produção de carne em ambientes tropicais. E a intensificação nos processos de melhoramento genético do zebu brasileiro nas características específicas voltadas à produção de carne, certamente contribuirão para um importante incremento da produção de novilhos precoces no Brasil.
No entanto, há que se considerar que o incremento na produção proporcionado pelo melhoramento genético das raças zebuínas brasileiras ainda demandará muitos anos de trabalho intenso.
Neste sentido o produtor pode utilizar o melhoramento genético através do cruzamento de raças, como uma técnica viável economicamente e de resultados práticos rápidos que podem ser medidos já na próxima geração. Considerando as características da pecuária de corte no Brasil, o produtor brasileiro pode utilizar a técnica, através do cruzamento de espécies diferentes que são o Bos Indicus (Zebu) e o Bos taurus (Europeu), visando a maximização destes resultados.
Este resultado imediato e comprovadamente superior se explica pela manifestação de um fenômeno biológico que se chama "heterose" ou “vigor híbrido”, um importante recurso de produção de carne com maior eficiência, pois melhora significativamente características como ganho de peso, precocidade sexual, precocidade de terminação e qualidade de carcaça, elementos fundamentais à produção de um moderno novilho precoce que atenda à todas as exigências do mercado atual.
Além do vigor híbrido, o cruzamento oferece outra vantagem ainda mais interessante: as raças escolhidas podem ser acasaladas de modo dirigido para se complementarem, sendo melhores aproveitadas as características desejáveis de cada raça. Embora os efeitos do vigor híbrido e complementação possam ser pequenos para uma característica em particular, o efeito cumulativo total é da maior importância econômica quando avaliado como acréscimo na produção do rebanho.
Na avaliação das estratégias mais adequadas de utilização dos recursos genéticos, para a produção de carne bovina de qualidade no Brasil – entre as quais o cruzamento entre as raças tem muito a contribuir – os principais componentes do ciclo produtivo na pecuária de corte (reprodução, produção e produto), devem ser considerados em conjunto. Uma implicação importante desses resultados para o Brasil, é a necessidade do uso de diferentes grupos genéticos e sistemas de produção, para o atendimento dos diferentes mercados consumidores.